martes, 27 de noviembre de 2012

Domingos José Gonçalves de Magalhães


Primeiro e único barão e visconde do Araguaia, foi médico, professor, diplomata, político e  poeta brasileiro, tendo participado e representando o Brasil em diversas missões diplomáticas em diversos países na França, Itália, Vaticano, Argentina, Uruguai e Paraguai, além de ter representado a província do Rio Grande do Sul na sexta Assembleia Geral. Filho de Pedro Gonçalves de Magalhães Chaves. Morreu em Roma, onde exercia cargos diplomáticos junto à Santa Sé, no ano de 1882. Ingressou em 1828 no curso de medicina, diplomando-se em 1832. No mesmo ano estreou com "Poesias" e, no ano seguinte, parte para a Europa, com a intenção de se aperfeiçoar em medicina. Em 1838 é nomeado professor de Filosofia do Colégio Pedro II, tendo lecionado por pouco tempo. De 1838 a 1841 foi secretário de Caxias no Maranhão e de 1842 a1846 no Rio Grande do Sul. Em 1847 entrou para a carreira diplomática brasileira. Foi Encarregado de Negócios nas Duas Sicílias, no Piemonte, na Rússia e na Espanha; ministro residente na Áustria; ministro dos Estados Unidos, Argentina e na Santa Sé, onde morreu. Em contato com o romantismo francês, publicou em 1836 seu livro Suspiros poéticos e saudades, cujo prefácio valeu como manifesto para o Romantismo brasileiro, sendo por isso considerado o iniciador dessa escola literária no país. Em parceria com Araújo Porto-Alegre e Torres Homem, lançou a revista Niterói, no mesmo ano. Introduziu ali seus principais temas poéticos: as impressões dos lugares que passou, cidades tradicionais, monumentos históricos, sugestões do passado, impressões da natureza associada ao sentimento de Deus, reflexões sobre o destino de sua Pátria, sobre as paixões humanas e o efêmero da vida. Ele reafirma, dentro de um ideal religioso, que a poesia tem finalidade moralizante, capaz de ser instrumento de elevação e dignificação do ser humano, condenando o estilo mitológico. Ao retornar ao Brasil, em 1837, é aclamado chefe da "nova escola" e volta-se para a produção teatral, que então era renovada com a produção de Martins Pena e os desempenhos de João Caetano. Escreve duas tragédias: Antônio José ou O poeta e a Inquisição (1838) e Olgiato (1839). Apesar de suas ideias, várias vezes as traiu por conta de sua formação neoclássica. O poema épico "Confederação dos Tamoios" foi escrito nos moldes de O Uraguai, retornando assim ao arcadismo. Esse fato gerou grande polêmica, tendo sido atacado por José de Alencar e defendido por Monte Alverne e pelo imperador Dom Pedro II.





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